São José do Rio Preto - SP

Rio Preto é a segunda melhor cidade em desenvolvimento do Brasil. É o que aponta o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), nesta segunda-feira, 2. 

O município repetiu a posição conquistada na última pesquisa, divulgada em 2012, que levava em conta os dados do ano de 2010. O índice atual de Rio Preto, com dados referentes ao ano de 2011, ficou em 0,9156, um aumento de 0,4% em relação ao último levantamento, que foi de 0,9116. 

O crescimento, entretanto, não foi suficiente para chegar à primeira posição, ocupada neste ano pela cidade de Louveira, com índice de 0,9161 e crescimento de 1,7%. Segundo o especialista em desenvolvimento econômico do Sistema Firjan, Jonathas Goulart, a pesquisa leva em conta a capacidade dos municípios em oferecer o básico nos setores de saúde e educação, além de analisar a estrutura do mercado de trabalho da cidade. 

"A posição atual de Rio Preto significa que quase 100% dos serviços básicos são desenvolvidos na cidade. As pessoas, quando precisam, conseguem um bom atendimento. Além disso, o mercado de trabalho local está bem formado", afirma. 

O desenvolvimento de Rio Preto tem sido rápido. No índice referente ao ano de 2007, a cidade aparecia na posição 39. Em 2009, passou para a 3ª e em 2010 para a 2ª, onde está. "Essa ascensão é uma demonstração do investimento público feito nas áreas básicas associado ao desenvolvimento econômico. Quando há uma cidade bem estruturada no básico, isso atrai novas empresas. Tudo isso junto forma um círculo virtuoso", diz Goulart. 

Para a economista Emília de Toledo Leme, o desenvolvimento constante da cidade, mesmo diante das dificuldades pelas quais o país passa, é resultado da diversidade de negócios existente. "Nossa economia não se baseia em apenas um setor, por isso não é facilmente afetada. Temos empresas de alta tecnologia, empresas de grande e pequeno porte, somos polo joalheiro, referência em tecnologia da informação, confecção, na área médica." 

Negócio 

O desenvolvimento atraiu a atenção do rio-pretense Fábio Berretta, que mora há dez anos em São Paulo, onde tem uma empresa de consultoria no campo de energia elétrica. 

“Mesmo morando em São Paulo, acompanho o crescimento de Rio Preto. Notei então que havia demanda para o tipo de trabalho que realizo e então resolvi montar a Rio Preto Energia, uma filial da minha empresa aqui. Além disso, tem o fator influência que Rio Preto exerce em toda a região”, afirma. 

 

Edvaldo Santos
A fisioterapeuta Ana Paula viu na cidade uma oportunidade

Estado de São Paulo é destaque

São Paulo como um todo se destacou no índice. Dos 645 municípios paulistas, 638 apresentaram nível alto ou moderado, ou seja, 98,9% do total. O estado ficou com os 11 primeiros colocados do País e com 67 cidades no top 100 entre os maiores IFDMs do Brasil.

O maior destaque do IFDM em São Paulo foi na área de educação, em que 622 cidades (96,4%) exibiram alto desenvolvimento, sendo que quatro delas, Santa Salete, Borá, Gabriel Monteiro e Marinópolis, registraram nota máxima. 

Das 100 maiores notas do ranking nacional do IFDM educação, 96 são de São Paulo. Na vertente saúde, tal desempenho foi atingido por 315 (48,8%). Na dimensão emprego e renda, 301 cidades (46,7%) tiveram classificação regular e 59 deles (9,1%), baixa.


Índice acompanha evolução

O IFDM acompanha a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros variando de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento. 

O índice analisa três áreas de desenvolvimento dos municípios: educação, saúde e emprego e renda. As metas e parâmetros foram atualizados. O ano de referência deixou de ser 2000 e passou a ser 2010.

A área da educação não apresentou nenhuma alteração, nela a análise inclui taxa de matrícula na educação infantil, taxa de abandono, taxa de distorção idade-série, média de horas aulas diárias e resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), etc. Saúde, que antes levava em conta número de consultas pré-natal, óbitos por causas mal-definidas e óbitos infantis por causas evitáveis, agora também considera informações em relação a internações hospitalares que poderiam ter sido evitadas caso os serviços de atenção básica de saúde tivessem sido efetivos.

Em emprego e renda foram introduzidos dois conceitos: desigualdade e grau de formalização do mercado, avaliando assim a concentração de renda gerada no mercado de trabalho local e a capacidade do município de absorver a população local. Os componente se unem à geração de emprego formal, absorção da mão de obra local e salários médios.


Região no ranking

:: 6º Votuporanga
:: 21º Mendonça
:: 30º Bebedouro
:: 39º Catanduva
:: 46º Potirendaba
:: 57º Barretos
:: 71º Bady Bassitt
:: 86º Fernandópolis
:: 90º Bálsamo
:: 100º Novo Horizonte

 

 

 

 

 

Aícro Júnior / Editoria de Arte
 

Fonte: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Economia/188133,,Rio+Preto+e+a+2+cidade+mais+desenvolvida+do+Pais.aspx